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bailarina de sílabas

   há uma frase muito conhecida sobre como bailarinas morrem duas vezes; uma quando param de dançar e outra quando sua vida física se extingue - acho que isso se aplica para escritores também.    sinto que um pedaço de mim findava sempre que eu decidia não criar uma história, quando escolhia não compartilhar algum pedaço de vida explicado pelo meu olhar. tudo pelo medo da irrelevância, do receio de ninguém ler, de nenhuma alma ser tocada.    nesse processo deixei que meu próprio ser se convencesse que escrever é sobre o outro, mas a verdade é que escritores são egoístas e escrevem pra si mesmos, sabe? há tanta vida que queremos viver que escrevemos sobre pseudônimos, sobre momentos que perdemos, sobre sonhos e esperanças que temos dentro de nós e que não queremos que morra nenhuma das duas vezes; então escrevemos. e escrevemos. e escrevemos até que não o fazemos mais.    esse é o momento em que escrevo e escrevo e escrevo. talvez seja o medo da segunda morte, mas vou ser fiel e ser uma

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